sexta-feira, 28 de maio de 2010

suicide by love.

a cerveja desce sem resistência alguma, nem da gravidade, nem do organismo que a ingere.
as cervejas seguintes seguem a primeira, já que perceberam que jornada não oferecia riscos.
mas o álcool não faz o efeito esperado, a tristeza não ameniza, o sono não chega... como sobreviver à perda do amor de sua vida?
ele não faz idéia de como dói, nem mesmo imagina que dilacerou minh'alma e a jogou aos ratos; não consegue apreender como mudou meu universo, minha forma de viver, e depois de ter deixado tudo de ponta-cabeça, abandonou -me à própria sorte, para digerir a idéia de que ele não vai nunca mudar, e que não há como eu mudar tanto a ponto de conseguir conviver com ele, afinal eu deixaria de ser eu mesma...

...

embriagada, ela se aproxima da janela, ainda um tanto hesitante. sobe lentamente no peitoril e então se lança à queda-livre.
a brisa noturna, gélida, envolve carinhosamente seu corpo enquanto o chão se aproxima cada vez mais rápido. e então... o esquecimento.

3 comentários:

  1. Quando Ismália enlouqueceu,
    Pôs-se na torre a sonhar…
    Viu uma lua no céu,
    Viu outra lua no mar.

    No sonho em que se perdeu,
    Banhou-se toda em luar…
    Queria subir ao céu,
    Queria descer ao mar…

    E, no desvario seu,
    Na torre pôs-se a cantar…
    Estava perto do céu,
    Estava longe do mar…

    E como um anjo pendeu
    As asas para voar…
    Queria a lua do céu,
    Queria a lua do mar…

    As asas que Deus lhe deu
    Ruflaram de par em par…
    Sua alma subiu ao céu,
    Seu corpo desceu ao mar…

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  2. por que sempre me dedicam esse poema???T-T

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  3. Lindo, de fato.
    Curti bastante , me identifiquei com a personagem ^^

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